José Carlos Matos de Sousa (Villar)
1977 - José Carlos Matos de Sousa (Villar) nasce em Paços de Ferreira, a 15 de Julho, com seu irmão gémeo Paulo Ricardo.
Anos oitenta - Escreve nesta década as suas primeiras rimas em quadra.
Na escola preparatória, escreve um conto ao estilo de «Uma Aventura... », colecção que marca sobremaneira o seu imaginário de criança. O seu conto é então lido pela professora de Português, Dra. Eduarda Brandão, e pelos seus colegas de escola.
1993 - Cumprida a escolaridade obrigatória, José Carlos trabalha, como aprendiz de marceneiro, na indústria de seu pai. Aí aprende a arte de talhar madeira que será um alicerce para uma série de artefactos e esculturas em madeira que saem da sua imaginação e delicadas mãos, sendo das mais emblemáticas a escultura «Musa».
Após uma apaixonante viagem pelo mundo do coleccionismo, entre moedas e antiguidades diversas, o jovem rende-se à sua verdadeira paixão de menino: ser poeta.
Escrevendo com alguma seriedade na busca do rigor, cauteloso e atento, inicia o seu primeiro Diário.
1994 - O ano do parto do Villar. São apresentados textos seus em folhas soltas mas numeradas a uma jovem professora e poetisa que, entretanto, com ele vive mais «uma aventura».
Esta, pelo amor, iniciando-se então um percurso de exuberâncias e boémia. Sente-se tentado a corresponder ao apelo da paixão e rende-se à poesia. Poeta por inteiro oferece à «deusa» os seus ofícios. Das antiguidades que colecciona, oferece-lhe uma preciosa antiguidade: uma trabalhada tesourinha e uma muito antiga pena de escritor!
1996 - Protagoniza um monólogo teatral intitulado «Espontaneidades», registado em vídeo, causando este opiniões díspares, todas estranhando a rebeldia das cenas ousadas.
1997 - Colabora em publicações periódicas com muita frequência. O seu reconhecimento é conferido por um convite do então Vereador do Pelouro da Cultura da sua cidade natal, Paços de Ferreira, actualmente Presidente da Câmara, Pedro Pinto, para a publicação da obra «Fragmentos».
Nesse ano, o José Carlos é autor da maioria das letras das canções que surgem na colectânea «Paços Rock’97», iniciativa e evento dos quais é um dos fundadores.
Existe, por essa altura, um turbilhão de novas ideias e actividades no concelho.
De referir, são também as participações em Rádio (regional), nos programas «Enquanto o diabo esfrega o olho...», com a crónica «Para além do horizonte" e noutro: «O que vale um som (?)», com «Ócios do ofício».
Nesta última crónica eram apresentados os autores mais emblemáticos da poesia portuguesa.
Ainda em 1997, surgido em catadupa, publica outro livro de poesia: «O outro lado da sombra».
Refira-se, José Carlos (Villar) foi fundador e protagonista de três grupos que declamavam poesia e cantavam canções, participando nestes, jovens músicos e declamadores em saraus poético -musicais. Eram seus nomes: «Poesis» (duo em 1994), «Poesis - lirismo contemporâneo» (1995) e «Vozes do Silêncio».
Apesar das contrariedades, nunca baixa os braços e continua na lide literária, sempre sua maior paixão, sobretudo na poesia, publicando-a em variadíssimas formas e contextos.
Surge o convite da banda «Neo-sinphonix» para declamar o fruto da sua inspiração.
Surge numa radio regional um programa no qual o incluem, denominado «Galeria» onde expõe o retrato da rebeldia na sua poesia pela sua própria voz. 1998 - Data da publicação de «Inquietude», obra esta onde trabalha a forma e a estética dos poemas de uma forma singular.
Participa no «Paços Rock'98» com o projecto do qual foi co-fundador, «Zoë».
1999 - Escreve o livro de poemas «Versus» que publica em 2000.
2000 - Concluído o «Néon», inicia a reconstrução de um romance.
2001 - É publicado «Néon». Participa numa antologia de poesia Luso-galaica: «VII Festival de Poesia do Baixo Miño». O autor é afirmado no prefácio, pelo cronista local, Dr. Ricardo Pereira, como «Neonista Primeiro» e Niilista Pós-Moderno. Contudo, dada a fluidez do seu trabalho, surgem outros críticos apologistas da sua nova forma poética «neonista», dando-a como «villariana» em que o binómio «tudo» versus «nada» coexistem paralelamente, não constituindo de forma simplista uma corrente niilista, sendo a Dra. Isabel Moringa fiel defensora deste conceito (ver ensaio/prefácio integrado na presente antologia poética).
2002 - Participa na antologia de poesia colectiva luso-galaica «Abraço».
2003 - É editado, nas vésperas do Outono, «Entre Tantos», livro de prosa e poesia, sob a chancela das Edições Tribuna.
O poeta é traduzido para galego pela poetisa e tradutora Felicidad Rodriguez. Contudo, num acesso de fúria existencial, destrói quase toda a sua obra inédita e afins, travando uma luta invencível por inerência ao «Kronos».
Esses cerca de cinquenta quilos em papel, incluídos documentos e muita da sua obra não se perde de todo, graças a coleccionadores e admiradores particulares que adquiriram alguns volumes inéditos dispersos.
Não se esgota a veia e surge um outro convite pela então Vereadora da Cultura, Dra. Carla Carneiro, no sentido de retratar as gentes da sua terra natal, para a obra: «Terras de Ferrara - nós e a paisagem».
Consequência da força galopante das palavras na sua mente, a convite da Câmara de Tui, parte com a Delegação Pacense nessa viagem pelo mundo literário galego já anteriormente mencionado mas agora cimentado em laços de amizade.
Publica numa antologia poética chamada «10 años de poesia do Baixo Miño».
2010 - O Dr. António Coelho, actual Vereador da Cultura e da Juventude da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, rende-se ao talento do poeta provocando pela positiva no convite para escrever em prosa, estilo este menos usado pelo escritor. Neste contexto, o Villar, sem temer, escreve a história de «Deo-linda», incluída na obra «Paç(ss)os na Terra, Passos de Gente».
2011 - A Tribuna decide publicar a antologia poética comemorativa dos quinze anos de carreira do escritor, dedicada inteiramente à cultura, intitulada: «Império dos Sonhos», na qual se incluem poemas inéditos.