QUASE REALIDADE:
2007
Não tinha ânimo para dar duas bofetadas ao Nelinho, ou dar ao marido uma rodada de o deixar entupido. A Micas não estava bem. Não estava, não senhor. Andava re-mangada. Não se lhe ouvia o cantar que acordava todo o lugar e até as flores da frente da porta, estavam sem o viço, que, a água com que a Micas as regava, lhes dava. O marido já se tinha apercebido da andança da mulher, mas com medo de uma descompostura, nada dizia.
E os dias corriam uns atrás dos outro.
Naquele dia, fazia calor e a Micas deitou-se depois do almoço. Caso estranho. Nunca tal acontecera. Caso para estranhar.
A vizinha Beatriz que a viu deitada, admirada, perguntou:
- Micas estás doentes? Não queres vir à lenha?
-Não posso, estou mal.
- De facto, na cama a esta hora! Deves estar muito
mal! Mas afinal, o que tens tu?
-Não sei, estou inchada, afrontada, parece que comi um boi... - diz a Micas.
- Bem... - diz a Beatriz - Se não vens vou eu, mas
vou preocupada. Até logo e estimo as melhoras.
De novo só, a Micas pôs-se a meditar. "Mas afinal o que tenho eu?" E saltando da cama, pôs-se no encalço da vizinha, apanhando-a já bem longe.
E os dias corriam uns atrás dos outro.
Naquele dia, fazia calor e a Micas deitou-se depois do almoço. Caso estranho. Nunca tal acontecera. Caso para estranhar.
A vizinha Beatriz que a viu deitada, admirada, perguntou:
- Micas estás doentes? Não queres vir à lenha?
-Não posso, estou mal.
- De facto, na cama a esta hora! Deves estar muito
mal! Mas afinal, o que tens tu?
-Não sei, estou inchada, afrontada, parece que comi um boi... - diz a Micas.
- Bem... - diz a Beatriz - Se não vens vou eu, mas
vou preocupada. Até logo e estimo as melhoras.
De novo só, a Micas pôs-se a meditar. "Mas afinal o que tenho eu?" E saltando da cama, pôs-se no encalço da vizinha, apanhando-a já bem longe.